sexta-feira, 19 de junho de 2015

A recompensa

        


    Injustiças ocorrem todo dia, o importante e como você lida com ela! Todos os dias, aprendemos e ensinamos. Estamos todos matriculados na escola da vida. E nessa escola, com humildade, amadurecemos. Basta que prestemos atenção no outro, na sua dor e na sua capacidade de superação. E que prestemos atenção em nós mesmos e na necessidade de sermos justos.
      Certa vez li um depoimento de uma cozinheira acusada de ter furtado uma pulseira de ouro. Entre lágrimas, ela tentava convencer a patroa de que jamais em sua vida havia cometido esse delito. A patroa dizia que as lágrimas eram uma forma de esconder o furto. A funcionária, em prantos, dizia que era uma mulher de fé, religiosa. E a patroa, aos gritos, exigia que Deus fizesse, então, a pulseira aparecer na frente dela, se é que Ele existia.
       A funcionária não mais insistiu. Na solidão da injustiça, entrou no quarto para arrumar as suas coisas. Lamentou a situação. Chorou a sua história de dor e necessidade. Enquanto ouvia explicações da patroa de que não a denunciaria desde que ela não a atormentasse na justiça, entrou a filha pedindo um sanduíche. Na mão esquerda, estava a reluzente pulseira. Foi neste momento que a funcionária chorou ainda mais. Como dói a injustiça! A patroa, rispidamente, disse a ela que parasse com o choro e voltasse ao trabalho. E, com autoridade, decidiu que fora apenas um mal entendido. Recomposta, a cozinheira agradeceu a confiança e disse que nada mais tinha a fazer naquela casa. A patroa insistiu que o melhor era esquecer tudo. E a funcionária sorridente agradeceu a Deus e lembrou a patroa de que Ele não desampara quem O ama.
Sem muito alarde, a cozinheira saiu e no dia seguinte arrumou emprego em um restaurante. Tudo aconteceu da noite para o dia. Muito triste, ela foi à Igreja como sempre e, na acolhida, o Pastor pediu que as pessoas se cumprimentassem e se apresentassem. A senhora ao lado disse que tinha um restaurante e ela disse que era cozinheira. A partir daí, uma nova vida começou.
       Ela não foi ao culto em busca do emprego nem querendo que Deus desse a ela a recompensa dos que são humilhados. Foi orar. Foi chorar. Foi agradecer. E, nesse momento, encontrou a misericórdia de um Deus vivo. Coincidência estar precisando de um emprego e a outra ter um emprego para oferecer? 
A história dessa mulher nos ensina a termos mais delicadeza em nossas relações. É triste sofrer a dor da injustiça, da incompreensão.
         Todos nós erramos, mas se tomarmos um pouco de cuidado, nosso erro não será tão doloroso ao nosso irmão nem a nós mesmos. Ninguém faz mal ao outro impunemente.

Por: Pr. Claudio Rocha



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